Ano-Novo Chinês in loco: as celebrações e as decorações mais bonitas da China

No feriado mais movimentado do país mais populoso do mundo, a festa de Ano-Novo é tão incrível que vale a muvuca. A celebração do Ano-Novo Lunar causa a maior migração da humanidade - para esse ano, eram estimadas três bilhões de viagens de quase 400 milhões de chineses. 

 

 

Por isso, quem se empolgou com as cores e luzes do maior evento da China e quer assistir ao próximo in loco, deve começar a se programar desde já (e a gente já explicou como aqui no blog). Por este ser o feriado mais importante do calendário chinês, os preços dos hoteis sobem muito e as passagens de avião e de trem esgotam com antecedência.

A festa começa na decoração das cidades, que mudam completamente a cara do dia a dia chinês. Na capital Pequim, todas as ruas, árvores e pontos turísticos ganham as cores e os símbolos do ano novo: a cor vermelha, luzes, lanternas, papéis rendados, moedas e nós chineses da sorte aparecem por todos os lados.

 

As celebrações mais tradicionais acontecem em feiras dentro de templos de Pequim, como no Ditan Temple, o Templo da Terra, que sedia o principal evento da cidade, com comidas típicas, artesanato e performances do Leão e do Dragão. O Templo Dongyue também tem sua feira, a mais antiga de Pequim, que data da Dinastia Yuan, entre os séculos 13 e 14 - é mais antiga que a construção do próprio templo. 

 

 

Já Xangai, a maior cidade chinesa, leva a decoração de Ano-Novo a um outro nível. Em Nanshi, no centro antigo da cidade, os edifícios de estilo arquitetônico imperial recebem adornos gigantes, as ruas de pedestres ficam repletas de lanternas e figuras luminosas e a passarela sobre o lago do Yu Yuan Garden vira praticamente uma avenida carnavalesca, cheia de alegorias e figuras mitológicas.

 

 

É no próprio Yu Yuan Garden que acontece o Festival das Lanternas, que forma aquela bonita onda de luzes flutuantes e encerra as comemorações do país, sempre ao 15º dia do Ano-Novo Lunar. 

 

 

Na noite de Ano-Novo, o Templo Longhua, o maior e mais antigo templo budista de Xangai, construído no ano de 242, é palco de uma das principais celebrações. É possível tocar o enorme sino de três toneladas à meia-noite, para celebrar a virada do ano e afastar os maus espíritos.

 

 

Hong Kong e Macau, duas regiões administrativas da China separadas por apenas 60 quilômetros e conectadas por uma viagem rápida de ferry boat, fazem algumas das celebrações mais concorridas do Ano-Novo chinês. 

 

 

No feriado, Macau recebe milhares de visitantes da vizinha Hong Kong e apresenta, além de show de fogos, uma parada com a tradicional Dança do Dragão no cenário mais inusitado da China: as Ruínas de São Paulo, complexo de igreja e colégio de arquitetura barroca portuguesa do século 16.

 

 

Já em Hong Kong, o Ano-Novo chinês dura três dias: no primeiro, uma multidão se aglomera para assistir à parada com a Dança do Dragão; no segundo, outra multidão se aperta para assistir a uma das queimas de fogos mais extravagantes do mundo, sobre os arranha-céus na Victoria Harbour.  No terceiro, uma corrida de cavalos temática acontece no Jockey Club.

 

 

A cidade de Harbin, no nordeste do país, é um dos principais destinos de inverno nas férias chinesas, com temperaturas sempre negativas nessa época. Durante o período do Ano-Novo, acontece o Festival Internacional de Esculturas de Gelo e Neve, o maior do gênero no mundo, com esculturas gigantes de gelo espalhadas pela cidade.