O feriado de Sete de Setembro  é quando se comemora o fato de o Brasil ter se tornado um país efetivamente. Ou seja, já não pertencíamos mais a Portugal. Na história, poucas coisas acontecem de repente, normalmente os processos são longos. No caso da Independência do Brasil não foi diferente, foram vários episódios até que Dom Pedro I gritasse o "Independência ou morte!". 
 
O Viajala separou 4 cidades que fizeram parte dessa história e que ajudam a contar melhor a Independência do Brasil. 
 
 
Falar de Independência do Brasil sem falar da capital portuguesa é impossível.  A insatisfação dos brasileiros com as ordens que vinham de Portugal foi a principal causa para o movimento que culminou na independência.  Lisboa era a sede da coroa portuguesa, para onde a família real regressou após uma temporada de 12 anos no Brasil, deixando aqui o herdeiro Pedro de Alcântara, que depois se tornaria Dom Pedro I. 
 
O regime monárquico vigorou em Portugal entre 1143 e 1910. Esse longo período deixou marcas na história, cultura e arquitetura do país. Um edifício ligado à família real e que vale a visita é o Palácio Nacional de Queluz, que fica em Sintra, um distrito de Lisboa.  Ele foi construído no século XVIII em estilo rococó e era um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, o avô de Dom Pedro I. 
 
O prédio e seus jardins estão abertos à visitação todos os dias entre 9 e 19 horas e os ingressos custam 10 euros, crianças e idosos pagam metade. 
 
 
 
Entre 1808 a 1960, o Rio de Janeiro era a capital federal. Então vários episódios da história do Brasil tiveram como cenário a cidade maravilhosa. Em relação à independência do país dois lugares são muito emblemáticos. 
 
Campo de Santana - Dia do Fico 
 
Em janeiro de 1822, os portugueses não estavam nada satisfeitos com as atitudes do então príncipe-regente do Brasil, Pedro de Alcântara e queriam que ele voltasse a Portugal. Porém em 9 de janeiro de 1822, ele resolveu permanecer no Brasil e disse outra de suas famosas frases: "Como é para o bem de todos e para a felicidade geral da nação, estou pronto: Diga ao povo que eu fico."
 
Naquela época, o centro político da cidade era o Campo de Santana. Foi ali que Dom Pedro I avisou a população que ficaria no país e onde, meses mais tarde, foi aclamado Imperador do Brasil. O parque fica localizado na Praça da República, no centro Rio de Janeiro. Quem passeia por lá pode ver patos, gansos, pavões, cutias, capivaras, além de esculturas. 
 
Quinta da Boa Vista - residência da família real 
 
O glamour e as histórias das famílias reais atraem a curiosidade de muita gente (família real inglesa que o diga). No Brasil, o prédio que serviu de residência oficial da família Alcântara de 1808 até a Proclamação da República, em 1889 é a Quinta da Boa Vista.  
 
Localizado no bairro de São Cristóvão, zona norte do Rio, a Quinta da Boa Vista é um dos maiores parques urbanos da cidade, com cerca de 155 mil metros quadrados. Além do antigo palácio da família real, onde funcionava o Museu Nacional, que pegou fogo em 2018, a área se encontram jardins e lagos criados pelo paisagista francês Auguste Glaziou, construções e estátuas de bronze originais, como o monumental portão, presente de casamento do Duque de Northumberland ao jovem casal D. Pedro I e a Imperatriz, D. Leopoldina. 
 
O parque fica aberto todos os dias de 8h às 18h e a entrada é gratuita.
 
 
 
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas ". O primeiro verso do Hino Nacional Brasileiro faz referência ao momento em que Dom Pedro I declarou o Brasil independente de Portugal. A história conta que ele estava voltando para o Rio de Janeiro, quando recebeu no dia 7 de setembro, uma carta de seu conselheiro, José Bonifácio e de sua esposa, Maria Leopoldina, informando uma série de ações das cortes portuguesas que retiravam seu poder. Insatisfeito, ele gritou, às margens do rio Ipiranga, "Independência ou morte". 
 
Em 1895, quando o Brasil já era uma república, foi inaugurado o Museu Paulista da USP, conhecido como Museu do Ipiranga.  Seu acervo conta a história da Independência, além de episódios da história do Brasil e de São Paulo. Atualmente, o edifício está fechado para reforma, mas ainda é possível visitar o Parque da Independência. 
 
A área de 161.300 metros quadrados, abriga além do Museu do Ipiranga, jardins, o Monumento à Independência e a Casa do Grito. Esta última, está aberta a visitação de terça a domingo de 9 às 17 horas. A entrada é franca.