O tema está em alta para os viajantes: despachar bagagem no avião vale a pena?
 
A gente já listou aqui no blog várias dicas para fazer uma mala de mão compacta e completa e contamos as vantagens de viajar assim, que vão muito além da possibilidade de cobrança pelo despacho no Brasil ou no exterior. O melhor de tudo é fazer uma viagem mais leve e rápida (você evita a fila do despacho, antes do voo, e a fila da esteira, depois dele). 
 
Agora a missão é escolher qual bagagem comprar para levar na cabine. Engana-se, por exemplo, quem acha que é mais barato comprar um mochilão. Um bom mochilão pode custar o mesmo que uma boa mala - e a qualidade dos dois importa muito.
 
É bom levar também uma bolsa ou mochila pequena, para carregar no dia a dia da viagem, mas vale lembrar que muitas empresas aéreas low cost, especialmente na Europa, permitem apenas um volume de mão na cabine. Ou seja, é melhor garantir que essa bolsa ou mochila cabe dentro da sua mala ou mochilão, ao menos na hora do voo. Outro detalhe importante é conferir as dimensões do produto antes da compra, para ter certeza de que ele está dentro dos padrões de bagagem de mão das companhias aéreas. Lembre-se de checar todas essas informações no site da companhia aérea escolhida antes de escolher a bagagem.

Quando optar por comprar um mochilão?

Ele é ideal para a sua viagem quando você:
 
- preparou um roteiro que inclui muitas mudanças de cidade ou de hospedagem;
- pretende se deslocar de transporte público, usando trens, ônibus e metrô, ou a pé, em ruas que tenham problemas de calçamento, buracos, pedras, chão de terra ou areia, etc;
- vai se hospedar em locais sem elevador.

Como escolher um mochilão que possa ser levado na cabine do avião?

Prefira cargueiras pequenas, entre 45 e 50 litros. As maiores, quando cheias, podem ultrapassar as medidas permitidas pelas companhias para bagagem de mão, principalmente nas low cost europeias. Você pode ser obrigado a despachar a bagagem (e pagar por isso).
 
Acerte na abertura e nos compartimentos do mochilão. Escolha um com vários compartimentos (e uma abertura separada para cada um, para facilitar o acesso às suas coisas) ou um que tenha uma abertura total na horizontal, com um zíper que percorra o mochilão inteiro, e bolsos separados para coisas menores. Mochilões no estilo "saco", com apenas uma abertura em cima, dificultam muito o acesso ao que ficou embaixo.
 
Não abra mão do conforto. As alças devem ser acolchoadas, assim como a base das costas, principalmente na região da lombar. Barrigueira e regulagem peitoral também ajudam a distribuir o peso.

Quando optar por comprar uma mala de mão?

A mala, além de manter as roupas mais organizadas e menos amassadas, é melhor em três situações:
 
- viagens curtas, de até uma semana;
- viagens longas feitas com comodidade, ou seja: transporte com táxi ou uber, hospedagem em locais térreos ou hotéis com elevador, cidades de ruas planas e bem cuidadas, etc;
- viagens longas em que se muda pouco de cidade e se passa muito tempo hospedado no mesmo lugar.

Como escolher uma mala de mão que possa ser levada na cabine do avião?

Vários aspectos afetam a qualidade, a praticidade e o peso da mala vazia. Lembre-se de que ela precisa ser leve, afinal, o limite permitido na bagagem de mão nas low costs pelo mundo (e nas novas regras brasileiras) é de 10 quilos. Quanto mais pesada for sua mala nova, menor é o limite que sobra para as suas coisas.
 
Bagagens de estrutura flexível, de tecido, são mais leves e maleáveis. As de estrutura rígida são melhores para despachar (afinal, são mais resistentes, não molham e protegem o que tem dentro de possíveis sacudidas e pancadas durante o transporte), mas, se você vai levar sua mala na mão e cuidá-la pessoalmente, prefira as flexíveis.
 
O número de rodinhas importa. Duas rodinhas fixas deixam a mala mais dura e difícil de carregar. As de quatro rodinhas que giram 360 graus custam mais caro (e podem pesar um pouco mais), mas valem a pena pela facilidade no transporte. As rodinhas também devem ser de boa qualidade para que não ressequem ou quebrem no primeiro paralelepípedo que encontrarem pelo caminho.
 
Se quer versatilidade, aposte em um extensor. Comprar apenas uma mala de mão que possua extensor garante a possibilidade de "aumentá-la" de tamanho durante a viagem, depois das compras, ou utilizá-la em viagens mais longas, quando ela possa ser despachada. Nesses casos, a mala costuma ter até seis rodinhas - quatro nas pontas e duas no meio, em uma bandeja móvel que é utilizada junto com o extensor, para equilibrá-la. Tenha em mente que portar esses acessórios também aumenta um pouco o peso da bagagem.