A pandemia de coronavírus COVID-19 já começa a ceder no Brasil e em toda América Latina. Alguns países já se reorganizam para reabrir fronteiras e voltar a receber turistas estrangeiros, mas outros foram pouco afetados pela pandemia e conseguiram controlar esse inimigo comum lá atrás, ainda em 2020.

Fizemos uma lista com 5 países incríveis que, além de lindos, são tão organizados e bem administrados que já domaram o surto da doença. Que tal pensar neles para alguma viagem futura?

Nova Zelândia

O caso de maior sucesso de superação do COVID-19 vem de um arquipélago bem distante, a Nova Zelândia. Claro que, por serem ilhas, o país salta na frente na contenção do problema, já que a população já está naturalmente isolada, confinada, o que diminui as chances de propagação.

Mesmo assim, políticas rígidas do governo e uma quarentena bem restritiva possibilitaram que a primeira-ministra Jacinda Ardern declarasse recentemente a recuperação do último contaminado da doença na Nova Zelândia, onde os casos e mortes estacionaram em números baixíssimos. Com isso, o país liberou a volta à normalidade - e não é a "nova normalidade" de máscaras e álcool gel não, viu? É a normalidade mesmo, dos abraços e das aglomerações, já que a doença foi totalmente superada por lá.

Eslovênia

Como um país tão coladinho com o norte da Itália, região mais devastada pelo coronavírus no país da bota, conseguiu conter a contaminação? A Eslovênia é um país pequeno, é verdade: tem dois milhões de habitantes. Mesmo assim, é surpreendente que o país levou apenas dois meses entre o primeiro caso confirmado e o feito de ser o primeiro da Europa a declarar o fim da epidemia.

Eslovênia e Itália fazem fronteira e a distância entre Veneza e a capital eslovena Liubliana é de apenas 240 quilômetros. Por causa disso, o fechamento de fronteiras e o controle da circulação de população foi rigoroso. Mas deu resultado: lá, foram menos de dois mil casos confirmados e pouco mais de 100 mortes, enquanto só na região italiana do Veneto, onde fica Veneza, foram dez vezes mais casos e quase duas mil mortes. 

Uruguai

Com poucas dezenas de mortes, o nosso vizinho Uruguai conseguiu controlar a doença sem grandes medidas restritivas, apostando na consciência e na responsabilidade da própria população. Virou um modelo na América Latina, onde o COVID deixou rastros devastadores.

O país é sortudo demograficamente (tem baixa densidade populacional e não conta com cidades gigantes), mas outra razão foi a rapidez de ação: no mesmo dia em que apareceram os primeiros casos, o governo declarou emergência na saúde, suspendeu as aulas, fechou fronteiras e aplicou o modelo de confinamento voluntário, que a população aderiu em massa. O Uruguai deve voltar a receber turistas brasileiros no fim de 2021.

Japão

O Japão foi a nação que mais penou na nossa lista: chegou a cancelar as Olimpíadas, que aconteceriam lá em junho e julho de 2020, e transferiu para 2021 - justo quando a variante Delta começava a aparecer por lá. Ainda assim, o estrago não foi tanto. O que parece ter funcionado por lá foi a rápida conscientização da população, que seguiu religiosamente os hábitos de higiene recomendados, passou a usar máscaras e evitou aglomerações por conta própria.

Islândia

Em uma pandemia, a Islândia tem muita coisa ao seu favor. A começar pela pequeníssima população: são 360 mil pessoas, menos do que grande parte das cidades interioranas do Brasil. Além disso, o país é uma ilha, o que já vimos por aqui que é de grande ajuda no combate à contaminação.

Foram menos de dois mil casos confirmados e apenas dez mortes por COVID-19 com uma baixíssima subnotificação, já que a Islândia optou por testagem ainda mais massiva que países europeus como a Alemanha, que também foi exemplo de combate à doença.