Antes de viajar, você procura fotos dos destinos brasileiros e fica sonhando em conhecê-los, achando tudo lindo. Só que, depois, quando chega lá, aquele rio caudaloso da foto está seco e chove onde você foi para assistir um tão idealizado pôr do sol. Isso parece familiar?
Para evitar essas frustrações, é importante pesquisar, antes da viagem, qual é a melhor época para conhecer o seu destino favorito. Temporada de seca, de chuvas, calor intenso, feriados locais, calendário de festas populares, tudo isso pode interferir na sua experiência de viagem (e no seu bolso: viajar para um mesmo lugar pode ser muito caro ou muito barato, dependendo da temporada).
Confira quais são as melhores épocas para visitar os lugares mais procurados no Brasil - de acordo com os principais pontos turísticos do lugar, e claro, com a variação de preços.
Lençóis Maranhenses
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, em Barreirinhas, no Maranhão, possui lagoas incríveis. Só que elas não ficam lá, dando sopa, o ano inteiro. A maioria some na seca - que, no Maranhão, diferente de muitas outras partes no Brasil, é em novembro. Para ver os Lençóis com toda sua paisagem estonteante, é melhor ir entre maio e outubro. Em julho, por conta das férias, os preços sobem um pouco. Para ver a paisagem completa e economizar, o melhor é ir entre maio e junho ou entre agosto e outubro.
Fernando de Noronha
Sejamos sinceros: Noronha não é um destino barato. Esse arquipélago na costa de Pernambuco é um destino desejado por muitos brasileiros e estrangeiros e isso encarece os preços por lá. Mas dá para evitar a temporada mais cara, pelo menos.
Se for para fazer mergulho, uma das maiores atrações de Fernando de Noronha, é melhor ir entre agosto a novembro - que também tende a ser a época mais em conta, já que é quase uma "baixa temporada" por ter menos procura que no verão. Especialmente em setembro, a visibilidade na água chega no seu máximo. Se a meta for surfar, vá entre janeiro e fevereiro. Evite viajar para Noronha entre março e julho, época das chuvas. Além de atrapalhar o programa de praia, as trilhas ficam muito mais difíceis e escorregadias.
Amazônia
A região Norte é um pouco mais fácil de decifrar, porque existem duas estações: a chuvosa e a “seca” - que é quando continua chovendo, mas um pouco menos. As chuvas mais abundantes na Amazônia vão de dezembro a maio, e é nessa época que os igarapés e igapós ficam mais fáceis de navegar de barco.
Em junho, quando começa o verão - entra a temporada de seca e as águas baixam. Em agosto, as praias nas beiras dos rios aparecem. Se for visitar as regiões Amazônicas para fazer passeios nos rios, é melhor ir antes da seca, ou seja, entre maio e começo de junho, quando os rios estão cheios e as chuvas, menos frequentes. Isso também facilita na hora de ecnomizar, já que, em julho, nas férias de verão, os preços sobem e os estrangeiros vão chegando.
Pantanal
O Pantanal se divide entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. Nessa região, a estação chuvosa ou seca vai definir o que você verá na paisagem, com uma imensa riqueza de fauna e flora. Tudo depende muito do que você quer encontrar na sua viagem.
Na seca, entre maio e setembro, é quando os animais circulam mais - é a época de ver onças. A temporada mais chuvosa é entre janeiro e março (mas não se engane, também faz bastante calor!), quando os passeios são mais focados em rotas de barco, já que os animais procuram regiões mais altas. A fauna encontrada é de patos, jacarés e peixes. Evite a época mais quente do ano, entre outubro e novembro. As temperaturas nesse período chegam a 45 graus!
Bonito
Para conhecer as maravilhas de Bonito, no Mato Grosso do Sul, o melhor é evitar a alta temporada, período de férias escolares - começo e meio do ano -, quando os preços estão mais altos e a cidade, mais cheia. No verão, época de chuvas, as cachoeiras são o ponto alto da visita, já que estão muito causalosas - mas a visibilidade na água dos rios fica mais turva. Já no inverno, período de secas, a flutuação nos rios tem visibilidade máxima, mas as cachoeiras podem estar com bem pouco volume.
O melhor é visitar Bonito entre abril e maio, ou em setembro. Assim, você consegue os melhores preços, uma temperatura amena (nem muito quente, nem muito frio) e consegue aproveitar as cachoeiras e as flutuações, sem precisar abrir mão de nada.
Serras Catarinenses e Gaúchas
A alta temporada aqui é no frio! As cidades mais procuradas - as gaúchas Gramado e Canela - são ideias para serem visitadas entre e junho e julho, pelo encanto e clima “europeu”. Mas, por conta da demanda e das férias escolares, os preços tendem a subir muito no inverno. Quem quiser economizar, pode organizar sua viagem para agosto ou setembro, quando o frio ainda é bem presente e os preços caem bastante.
Se você quer frio extremo no inverno, em Urupema, Santa Catarina, as temperaturas chegam abaixo de zero - e pode até nevar! Lá, você pode conhecer o Morro das Antenas, que tem uma altura de 1.759 metros acima do nível do mar, e é onde se tem as maiores chances de neve e geadas.
Foz do Iguaçu
Em Foz do Iguaçu, no Paraná, não tem tempo ruim: a cidade pode ser visitada o ano inteiro e as Cataratas são sempre incríveis. No inverno, entre junho, julho e agosto, chove menos e as quedas d'água são mais definidas. No verão, por causa das chuvas mais intensas, as cataratas atingem seu volume máximo e ficam ainda mais impressionantes. Não se preocupe de pegar chuva na viagem: a força da água das cataratas é tanta que você se molha de qualquer jeito.
Se procura preços mais em conta, tente ir um pouco antes de feriados e evite a todo custo as férias escolares. Os valores caem bastante em Foz quando não há badalação de turistas.
Litoral do Sudeste
Se quiser conhecer as praias de Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, evite as épocas chuvosas (e caras) de dezembro a janeiro - especialmente nos litorais paulista e fluminense. Em fevereiro e março, o tempo começa a secar um pouco, os preços caem e a viagem fica mais garantida.
No outono, entre março e maio, os dias são quentes e as noites têm clima ameno, principalmente no Rio e no Espírito Santo. Dá até para curtir o litoral desses dois estados no inverno, quando os preços caem ainda mais e não há tanta incidência de chuva. Mas, para esse roteiro, exclua São Paulo: conforme o inverno se aproxima, o frio chega nas praias e estraga seu programa.