Muita gente se pergunta se já é hora de voltar a viajar.

Essa questão é muito relativa. Primeiro, porque há quem precise viajar por razões pessoais, de saúde ou familiares que não podem ser adiadas. E, com o avanço da vacinação, muitas pessoas já se sentem seguras para viajar até mesmo por turismo e lazer. Nesse caso, o recomendado é viajar para lugares isolados e tranquilos, sempre evitando pontos turísticos lotados e qualquer tipo de aglomeração. Aqui no blog, a gente fez um guia com dicas para viajar em segurança.

Pensando em quem pretende viajar em breve e não sabe o que esperar dessa jornada, o Viajala conta como é voar na pandemia e como minimizar os riscos de contágio.

Os aviões estão mais lotados durante a pandemia?

Depende. A demanda de passageiros caiu muito no Brasil, especialmente no começo da pandemia - cerca de 81%, se compararmos o mês de julho de 2020 com o do ano anterior, segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Porém, o número de voos disponíveis também caiu e muitas companhias aéreas ainda não retomaram por completo suas rotas. A oferta mais baixa pode ocasionar em aeronaves lotadas.

Voos regulares cuja oferta diminuiu muito tendem a estar mais lotados. Por exemplo: se, antes da pandemia, havia cinco voos diários entre Brasília e São Paulo com uma companhia aérea específica, e agora há apenas um, é altamente provável que ele esteja cheio.

E os aeroportos? Estão muito cheios?

Novamente, depende do aeroporto e do horário do voo. Aeroportos que são muito centrais (como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília) e recebem conexões constantemente serão mais movimentados. Os horários de pico, no começo da manhã e no fim do dia, seguem sendo os mesmos, com ou sem pandemia.

De qualquer forma, vale saber que, com a retomada das viagens, os aeroportos estão ficando cada vez mais lotados. Para garantir um aeroporto com menos aglomeração, prefira voos diretos e em horários alternativos, como no meio da tarde ou à noite.

Como funciona o distanciamento nos aviões e nos processos de check-in e embarque?

A recomendação de distanciamento é a mesma do nosso dia a dia. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda que os passageiros fiquem distantes uns dos outros, mas não há regra a ser cumprida pelas empresas aéreas.

No aeroporto, há delimitações de espaço marcadas no chão tanto no check-in quanto nos portões de embarque, propondo um distanciamento nas filas. Embora tenha surgido o assunto sobre deixar assentos livres no avião para minimizar o contato entre os viajantes, essa estratégia não vingou. A disponibilidade de assentos dentro dos aviões segue normal, como era antes. Por outro lado, uma vez lá dentro, há alguma flexibilidade para troca de lugar e desaglomerar, mesmo quando se trata de ocupar assentos mais caros.

Quais são os procedimentos de segurança das companhias aéreas durante a pandemia?

Além de propor o distanciamento no check-in e no embarque, as empresas nacionais tornaram obrigatório o uso de máscaras nos voos, além de intensificar a limpeza da aeronave, fornecer álcool gel e suspender o serviço de bordo para evitar a circulação e a retirada das máscaras.

Os aviões também são equipados com um filtro Hepa, que renova o ar da cabine a cada três minutos e remove mais de 99% dos vírus e bactérias.

É possível prevenir o contágio em uma viagem?

Quando o assunto é covid-19, não existe medida de prevenção 100% garantida para quem se coloca em contato com o exterior, seja direta ou indiretamente - ou seja, saindo de casa ou recebendo visitas. Porém, é possível minimizar os riscos de contágio com responsabilidade, paciência e usando os equipamentos adequados.

Pessoas que fazem parte do grupo de risco, por exemplo, podem usar equipamentos mais completos, como escudos para o rosto e luvas.

Vale lembrar que, apesar das orientações de distanciamento nas filas e da obrigatoriedade de uso de máscaras dentro do avião, não há controle ou punição para quem descumpre normas. Minimizar o risco do contágio passa também pelo bom senso dos viajantes e cada um deve fazer a sua parte.

Se você estiver sentado ao lado de alguém sem máscara, faça sua parte para se proteger: peça educadamente que a pessoa coloque a proteção e, se ela se recusar, chame um comissário de bordo ou peça para trocar de lugar.